quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Como funciona o filme Polaroid




No processo fotográfico comum, o filme é exposto na câmara, e depois revelado. 
Sempre foi assim não é mesmo?


Mas e se inventasse um jeito  de diminuir essa ansiedade e a foto sair prontinha 
em 20, 30 segundos?



Foi o que pensou Edwin Land em 1947. Só para se ter uma noção do tamanho do sucesso que a Polaroid inventada por Land, é observando os números de usuários na época: algo em torno de 14 milhões de Americanos possuiam uma.

Edwin Land em 1947



A câmara de land foi aprimorada e podia obter uma fotografia de alta qualidade impressa em 10 a 20 segundos. A essa altura a Polaroid se tornaria o segundo maior fabricante de produtos fotográficos nos Estados Unidos.


Polaroide Sun 660 -1937

Propaganda da época





Como funciona
Lembra do processo tradicional? Onde o filme é exposto e depois revelado?
Essa exposição gera um “negativo”. E é aí que mora o segredo. A Reação entre negativo e um papel positivo é que faz a Polaroid gerar um imagem impressa instantaneamente.


Na Polaroid acontece o seguinte: Literalmente um "sanduíche", com um positivo e um negativo reagem. A câmara é carregada com dois carreteis, enrolados um com o filme negativo, e o outro com o papel positivo. Ambos unidos. Quando o botão é apertado expõem o negativo, o carretel com a parte positiva gira e vai de encontro com a parte negativa. As duas partes se comprimem junto com um produto químico fazendo acontecer um processo de revelação. Após 10 a 15 segundos o positivo se destaca do negativo. Gerando um fotografia impressa.


Esquema técnico




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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Como funciona um filme.

Sempre que falamos de fotografia, a maioria aborda temas como a luz, enquadramento ou do olhar.

Mas pouco se fala  do filme. Afinal, como funciona?


O post anterior - "Você aperta o botão, e nós fazemos o resto" - me inspirou para escrever este texto.


Trata-se de um assunto muito técnico, com muita teoria "pesada" por trás.
Por isso, vou fazer o possível para descomplicar.





Dica! Leia no post: "Os inventores da fotografia" para entender melhor como foram as primeiras gravações de imagens.


Vamos lá?


Entendender o que é luz é necessário para que você entenda como ela vai modificar as "coisas" na superfício do filme.


Luz - é uma faixa de energia ou tecnicamente  falando: "espectro eletromagnético". Neste espectro passam vários tipos de coisas: como o calor, o radar, as ondas de rádio, ondas de TV. É essa luz que "queima" o filme e passa pelo spectro propagando de um ponto a outro. Faça o teste: jogue uma pedra em um lago e verá um tanto de "ondinhas" se formando. É bem assim que acontece no espectro. E é assim que a luz se propaga, através de ondas eletromagnéticas.





A forma como o olho humano percebe a luz é muito limitada. Vemos comprimentos de onda diferentes e quando a luz atinge nossa retina sentimos a luz. Cada comprimento de onda nos faz perceber como é cada cor.
Na maioria das vezes, os fotógrafos escolhiam filmes com sensibilidades de comprimentos de ondas mais próximos ao olho humano.


E como funciona o filme fotográfico?

Quem já leu o post: "Os inventores da fotografia" lembra que escrevi que é impossível abordar este tema sem tocar em assuntos como física e química.
Basicamente, o processo fotográfico se dá pela reação entre a luz e cristais de que estão espalhados na superfície do filme fotográfico. A reacão começa quando um dos cristais é atingido por dois fótons de luz. Vamos a um exemplo para "clarear" mais -
uma lâmpada de lanterna emite cerca de 10 elevado a dezoito fótons por segundo.





Cada cristal é constituído de prata e bromo. Os átomo estão organizados em uma estrutura iônica cúbica por atração elétrica.
Os cristais ficam "organizados" de maneira desordenada. E é graças a essa desordem que os cristais reagem à luz. O que acontece é que alguns íons ficam para fora, se deslocando dos cristais e acabam formando a imagem. Ainda existem algumas impurezas espalhadas na superfície(de quê?) e essa "impurezas" são um fator decisivo na formação da imagem, pois criam pontos de sensibilidade. Esse pontos acabam atraindo íons que estavam deslocados na gelatina e formam pequenos agrupamentos de átomos. Essas formações são constituídas de prata. Elas formam o que é chamado de imagem latente. Que nada mais é que a união das impurezas de íons deslocados que são decisivos na formação da imagem.








Para se chegar nessa formação de como o filme é "hoje" foram quase dois séculos de estudos e experimentos, erros e tentativas.  

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Você aperta o botão e nós fazemos o resto!

Longe do mercado extremamente técnico, é muito complicado tirar  fotos com câmeras cheias de funções, quando o que a pessoa quer é só bater uma foto.



Kodak nº 1



Foi pensando nisso, que em meados de 1890, Geoge Eastman lançou a Kodak nº 1. A promessa era bem simples: aponte para a cena que quer congelar e aperte o botão. Estman foi um dos grandes responsáveis pela popularização da fotografia.

Geoge Eastman


A sua câmara "caixão" era simples de operar,  e tornou acessível para que milhares de pessoas fotografassem o seu dia-a-dia.

O modelo fabricado tinha cerca de 18 cm de altura por 10cm de largura. Com um único tempo de exposição, em torno de 1/25 segundos. O foco era fixo, sendo necessário dar uma distâcia de mais ou menos 2,4 cm.


Anûncio da Kodak nº1



A Kodak nº 1 foi a primeira a ter já a ideia de filme em rolo. Já vinha pronto para usar de fábrica. Era possível tirar cerca de 100 fotografias. Era só enviar a câmara sem abrir para criação dos negativos e das cópias. 

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Tipos de câmera

Este post é baseado em uma exposição que fui e no livro: “Fotografia Manual Completo de arte e técnica” – Editora Abril Cultura. Para uma visão moderna talvez não sirva este conteúdo. Mas a título de conhecimento dos primórdios da fotografia vale a leitura.

Visitando a exposição “Passado e presente, acervo fotográfico de Pedro Mordente”, no hall do Museu Histórico Abílio Barreto, localizado à Avenida Prudente de Morais em Belo Horizonte, tive a ideia de falar sobre tipos de câmera.



















Sr. Pedro Mordente 

Existe uma variedade de modelos de câmeras fotográficas, cada uma vai desempenhar um papel diferente de acordo com o que se quer fotografar, e a qualidade da imagem que deseja.

Os quatro tipos principais são:

Visor direto














O visor fica no nível do olho, leve-a a altura do seu olho e será a extensão dele.
Existe uma pequena janela com uma lente bem simples que mostra uma imagem aproximada do que será fotografado.
















Vantagens: Baixo custo, excelente sistema de focalização.

Desvantagens: Cria o chamado “erro de paralaxe” que é um fenômeno que impede que você veja o que realmente está sendo visto. O tema fica literalmente fora da altura dos olhos, pois o visor está acima da lente, então podemos concluir que o que vemos está na altura do visor, e não da lente.

Monorreflex
















Com certeza a melhor maneira de enxergar é vendo através da própria lente ou objetiva. O enquadramento fica exato.
As Monorreflex SLR (single Lens reflex) vêm equipadas com um espelho interno onde a luz é projetada pela objetiva e refletida para uma tela de focalização. Depois passa por um prisma de cinco faces e aí chega aos olhos do fotógrafo.
O prisma serve para corrigir a imagem invertida.
O espelho é uma peça “móvel”, ele se desloca cerca de 45 graus para que a luz passe e atinja o filme.
A imagem projetada pela objetiva serve tanto ao visor quanto para o filme. O fotógrafo vê exatamente  aquilo que está sendo captado.

















Vantagens: Elimina o efeito de Paralaxe, focalização rápida, possibilita o uso de diferentes objetivas. 

Desvantagens: Câmeras pesadas, delicadas demais, ruído alto, difícil de focalizar em condições precárias de luz.

Reflex com duas Objetivas






















Possui basicamente um sistema com duas lentes: uma serve para o filme e outra para visualização do fotógrafo.
Os fotógrafos que optavam por este tipo de câmera diziam que era mais fácil de compor a imagem. Pois a imagem é projetada em uma superfície plana.
A lente de baixo queima diretamente o filme.
A lente de cima deixa  a luz passar e o espelho  reflete em uma tela de focalização.






















Vantagens: Operação silenciosa, focalização precisa, possibilidade de explorar ângulos na hora de fotografar.

Desvantagens: Erro de paralaxe, a imagem projetada na tela vem invertida, não possibilita uso de mais objetivas.

Câmaras de Estúdio






















Tem em um só aparelho: visão através da objetiva, imagem grande. Tem uma sanfona para deslocar para frente ou para trás, isso possibilita a focalização.






















Vantagens: O fotógrafo vê exatamente como será o negativo, não tem erro de paralaxe, muito boa para fazer grandes composições graças à tela de focalização com linhas quadriculadas.

Desvantagens: Muito grande e pesada, indispensável o uso de tripé, ter que usar um pano escuro sobre a cabeça, pois não verá uma imagem mais clara que é. Incômodo na imagem formada invertidamente.


Links úteis:

Agradecimentos:

Luiza Lanna e Danilo Carvalho.

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terça-feira, 15 de julho de 2014

Me apresentando

Olá,
Bem-vindo a  Blues Manipulação e Editoração de Imagens!


Como forma de abrir os trabalhos aqui do Blog da Blues, resolvi contar como tudo começou para mim! 


Sou Alexandre Ferreira Nunes, graduado em Publicidade e Propaganda. Fundador da Blues Manipulação e Editoração de Imagens. Já atuei em diversos mercados, mas sempre gostei mesmo foi de Photoshop. 
Aqui começa minha “maluca” caminhada pelo universo da fotografia e edição de imagem.

Comecei estagiando em agências de comunicação sem saber de nada, depois trabalhei com telemarketing, comunicação interna, edição de imagem, direção de arte, arte-finalista e assistente de criação. Comecei a perceber que tinha muitas dificuldades em ver coisas básicas no “layout”. Trabalhava em uma agência como arte-finalista e a equipe de criação veio de uma escola do tempo que se criava em Letra Set. Foi uma experiência magnífica, pois a capacidade crítica e perceptiva do pessoal era algo impressionante. Aprendi muito com eles. Com toda a minha dificuldade, resolvi que precisava estudar, foi então que um amigo, o grande Paulo Rodrigues, na época Diretor de Arte, me indicou fazer um curso de fotografia, para que eu melhorasse minha capacidade de percepção.  Foi um caminho sem volta. É um vício que você experimenta e não larga mais.
Fiz muitos cursos, workshops e estudei muito. Fui supernado dia-a-dia minhas limitações.
Devo muito ao meu Professor e Mestre, Otaviano Silveira, que me ensinou o que sei. E minha mãe, com toda a sabedoria que tem me ensinou: "Meu filho, na vida a gente aprende todos os dias, mas morre sem saber nada!"
Lição que levo comigo todos os dias, pois nos mantem humildes!

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