segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Os inventores da Fotografia

Este post vai tratar dos primórdios da fotografia.

Mergulhado nos estudos, li em muitos livros sobre o assunto,  mas não achava um conteúdo que contasse dos bastidores, de como as coisas acoteceram, literalmente “do zero”. Foi então que o grande artista Danilo Carvalho, ex-fotógrafo me emprestou o livro dele. Uma publicação da década de 70, mas que é muito contemporânea. O título é: “FOTOGRAFIA – Manual completo de Arte e Técnica. Ed. Abril Cultura. Livro adaptado da série Time – Life Books: Life Library Of Photography”. Posso dizer que se trata da “bíblia” dos fotógrafos.

Então vamos aos trabalhos. Primeiramente quero deixar bem claro que este espaço vai ser aberto para compartilhar conhecimento, e discutir de forma saudável os assuntos relacionados a fotografia, luz, edição de imagem e tudo que se relaciona ao meio. Eu como autor do blog não sou “dono da verdade” e estou sujeito a erros, estou disponível para tirar dúvidas e reponder a todos. A ideia e que todos cresçam.



Os inventores da Fotografia.

    Fotógrafo desconhecido. Estúdio do fotógrafo Burguês, Paris 1870.


Impossível falar desse tema sem ter que refletir sobre ciência, arte,  física, química e filosofia.
A secúlos atrás, nos tempo que não tinha eletricidade, rádio, TV, Internet, ou se quer a imprensa era algo bem desenvolvido, as respostas aos questionamentos humanos vinha de observação e experimentação.
O ócio criativo fazia os pensadores, filósofos e cientistas ter insights.
Com a fotografia não foi diferente. Muitos artistas procuravam formas de registrar imagens para que pudessem têlas para a posteridade e sevir como auxiliar na pintura. Coisa que só poderia ser feita por um bom pintor. E ainda corria o risco de ter a imagem colocada com a visão dele.
Muitos estudiosos contribuiram para a fotografia ser o que é hoje. Experimentos muito rudimentares começaram a mais de 200 anos, mas para citar todos e seus inventores, seria necessário um espaço dedicado como um livro ou tese. Vou dar os créditos a dois grandes: Os francêses Joseph Nicéphore Niépce e Louis Jacques Mandé Daguerre.
Niépce estava buscando uma forma automática de copiar desenhos a traço nas pedras de litografia. Ele sabia que o betume, um tipo de asfalto, endurecia quando exposto a luz. Dissolveo o asfalto e cobriu uma chapa de peltre, que é uma liga de estanho, cobre e chumbo. Colocou sobre essa superfície uma ilustraçao a traço. Expôs a luz do sol. Depois lavou a chapa com óleo de lavanda para retirar o betume. Aonde o asfalto endureceu, a luz não passava. E no restante da placa a luz  passava. Niépce fez o teste colocando a chapa em uma camâra escura. O resultado foi surpreendente. Mas continuou seus testes com outros materiais, os resultados não eram nada animadores. Foi então que Daguerre tomou conhecimento da técnica desenvolvida por Niépce, e enviou-lhe uma carta. Ele também estava interessado em gravar imagens. O trabalho de Daguerre foi fantástico, com seus estudos aprimorou mais ainda a técnica estudada, e em 1839 apresentou na Academia Francesa de Ciências suas descobertas. O que ele descobriu foi que o material que tinha mais sensibilidade a aluz era o iodeto de prata, e ainda encontrou a solução para um problema secular que era fixar a imagem de maneira permanente sem fazer ela sumir. O composto químico “hipossulfito” não deixava os produtos se dissolverem, então ele podia expor a chapa e revelá-la antes que a luz atingisse a imagem. Depois usava um fixador para interromper a ação da luz. Concluindo, o esquema de Daguerre, o chamado “Daguerreótipo” era uma chapa de cobre revestida com uma camada de prata. Para tornar sensível ele colocava a chapa em contato com o iodo. Formava o iodeto de prata, que é sensível a luz. Para revelar colocava a chapa em contato com mercúrio aquecido. O mercúrio reage com a prata e forma as áreas claras da imagem. As partes não atingidas formavam as partes ecuras.
Assim temos o nascimento do considerado primeiro registro fotografico.


Louis jacques Mandédaguerre: Natureza morta no Estúdio do artista, 1837

O daguerreótipo foi ainda usado por décadas, mas se tornou obsoleto quando Willian Henry Fox Talbot apresentou a Royal Institution Of Great Britain o seu sistema negativo/positivo.
Tabolt era um cientista amador, mas de sólida formação. Usava uma câmara obscura para fazer croquis de seus primeiros experimentos. Consistia em colocar objetos sobre papel sensível a luz, produzindo silhuetas.  Ele sensibilisava folhas de escrever com uma solução de sal. Quando seca, escovava com uma solução de Nitrato de Prata. Logo aprendeu como retardar o esmaecimento da imagem. Observou que nas áreas com excesso de sal, quase não tinha sensibilidade. Então o que tinha de fazer era mergulhar tudo em uma solução bem concentrada de sal.
Colocava sobre tudo isso uma imagem branca, ou seja negativa. Prensou o conjunto sob uma chapa de vidro e expôs ao sol. A luz passava através da imagem branca, criando uma figuta preta. Temos então o positivo.
A “hora da verdade” era saber se este sistema ia funcionar se feito em uma cena externa. Então ele expôs em uma câmara. Obteve uma cópia positiva reconhecível.
Tabolt foi melhorando o que ele mas tarde chamou de “calótipo” (das palavras gregas: Kalos – beleza, e typos – impressão).
Melhorou a sensibilidade e o tempo de exposição. Torna-se possível agora fotografar pessoas.
O tipo de papel usado por Tabolt bloqueva a passagem da luz em alguns pontos, isso tornava a imagem um pouco borrada. Entra em cena o primo de Niépce. O Sr. Abel Niépce de  St. Victor. Ele apresentou a solução: fazia tudo em uma chapa de vidro revestido com uma emulsão de prata. O vidro já era um velho conhecido, tinha uma transparência uniforme, não apresentava problemas de textura, e era quimicamente inerte. Ninguém havia encontrado uma forma de fixar uma imagem no vidro. As chapas de vidro tinham alguns incovenientes: Eram pesadas, muito sensíveis para manuseio.

 Coleção Gernsheim, Universidade do Texas. O mais antigo desenho conhecido de uma "câmara obscura". Construida em 1544 por Reinerus Gemma -Frisius.

Em 1846 o químico francês Louis Menard descobriu o que mais tarde chamaram de chapa úmida. Algodão e pólvora podiam ser dissolvidos emu ma mistura de álcool e éter produzindo um líquido de grande viscosidade. Ao secar se transformava e uma película transparente, incolor e dura. Com o novo processo de revelação nesta chapa pode-se reduzir em até cinco Segundo o tempo de exposição. Agora podiam fazer imagens antes impossíveis de serem feitas.

No início dos anos 80 descobriram uma chapa seca a base de gelatina, ela mantia a sensibilidade e podia ser aplicada sobre suportes flexiveis. Nasce o filme de rolo. Esta nova forma de fazer popularizou-se e tornou acessível a fotografia para amadores, pois os profissionais ainda preferiam apesar das chatiações, as chapas de vidro. Temos que dar os créditos a Geoge Eastman, pois foi grande precursor da contrução de algo leve, barato e flexível (o filme em rolo). Ele produziu comercialmente equipamentos para fabricação em larga escala. Nascia algo bem parecido com o que já estamos acostumados, um aparelho leve e simples de operar. Eastman criou  a: “Eastman’s American Film”, uma indústria que produzia os rolos de papel revestidos com uma fina camada de gelatina. Após revelar era preciso retirar a emulsão do suporte, afim de obter um negativo que pudesse deixar a luz passar e capaz de reproduzir cópias. Em 1888 Eastman criou a primeira camera Kodak, inicanado uma nova era na fotografia.

Temos um resumo, não aprofundei muito pois a  ideia é simplicar, e fazer algo curto. Como disse no início escreveria uma tese ou livro.

Até o nosso próximo encontro, aqui no Blog da Blues!

Agradecimentos especiais e post dedicado aos Amigos familiars e parceiros:

Claudia Silva, Daniel Coelho, Danilo Carvalho, Daniela Faby, Davidson Rodrigo, Décio Daff, Guilherme Cattoni, João Pedro Shneider, Renato Siqueira Nunes, Renata Ferreira Nunes, Luís Fernado Soares, Luiza Lúcia Ferreira, Luíra cattoni, Leandro Preisser, Rodrigo Preisser, Marina Ferreira Nunes, Matheus Abraham Alves, Matheus Shneider, Otaviano Silveira, Paulo rodrigues, Raquel Pacheco, Ulisses Alves, Yeshe Matos. 

Cada um a seu modo, na sua medida, mas todos muito importantes! Muito obrigado!

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